Sociointeracionismo

O sociointeracionismo é uma teoria de aprendizagem com o foco na interação. Segundo ela, a aprendizagem acontece em contextos históricos, sociais e culturais. Assim, o conhecimento real da criança é o ponto de partida para o conhecimento potencial.

No início do século XX, um psicólogo russo chamado Lev Vygotsky, buscava reformular a psicologia por meio de uma abordagem que permitisse entender as relações entre os indivíduos, as suas funções psicológicas e seu contexto social.

Suas pesquisas revolucionárias, propõem uma situação de ensino/aprendizagem em que o aprendiz, por meio do seu convívio social e da interação com outras pessoas é capaz de construir o seu conhecimento.

A metodologia sociointeracionista acredita que a vivência em sociedade é essencial para a transformação da criança. Assim, o conhecimento é construído e concretizado progressivamente. Nessa esfera o professor age como alguém que conduz a criança ao aprendizado. Seu papel é ativo em sala de aula – não como o detentor e o transmissor de conhecimentos, mas como mediador e estimulador da aprendizagem.

Incentivar a curiosidade e a vontade de aprender são os principais desafios de uma escola sociointeracionista.

Portanto, a criança aprende identificando-se, imitando, brincando, fazendo analogias, opondo-se, codificando e decodificando símbolos e seus significados, sempre num ambiente social que preza a construção do conhecimento e que valoriza o seu próprio saber.

Interacionismo

A metodologia interacionista defende que fatores orgânicos e ambientais exercem influência no processo de desenvolvimento dos seres humanos, inclusive em sua formação educacional. Em outras palavras, o conhecimento é resultado da combinação entre fatores objetivos e subjetivos que fazem parte do cotidiano de cada estudante.

A interação entre organismo e meio defendida por essa teoria da aprendizagem, no entanto, não se dá de maneira passiva: a aquisição do conhecimento é um processo construído pelo próprio ser humano durante toda a sua vida, o que o faz ser o personagem principal no processo ensino-aprendizagem.

Construtivismo

A base do pensamento construtivista consiste em considerar que há uma construção do conhecimento e, que para que isso aconteça, a educação deverá criar métodos que estimulem essa construção, ou seja, ensinar aprender a aprender.

Essa linha pedagógica entende que o aprendizado se dá em conjunto entre professor e aluno, ou seja, o professor é um mediador do conhecimento que os alunos já têm em busca de novos conhecimentos criando condições para que o aluno vivencie situações e atividades interativas, nas quais ele próprio vai construir os saberes.

Essa filosofia de ensino é inspirada na obra de Jean Piaget (1896-1980), biólogo e psicólogo suíço que se dedicou a pesquisas relacionadas às formas de aquisição de conhecimento.

A discussão principal de seus estudos é a ideia de que o conhecimento é construído por meio das interações entre sujeitos e o meio.

A linha pedagógica construtivista chegou à América Latina através da argentina Emilia Ferreiro que foi aluna do Jean Piaget na Universidade de Genebra.

Ela escreveu o livro “Psicogênese da Língua Escrita”, em parceria com Ana Teberosky no qual defende que a aprendizagem se dá através do todo para as partes e que cada criança aprende em seu tempo.